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oiiiieeeee amores da K🙋
vamos continuar com a nossa jornada no livro de Gênesis

B. Estrangeiro em Nova Terra, 12-1—14.24 A resposta de Abrão ao chamado divino de mudar-se para outro país prende a
imaginação de muitos pesquisadores como a vontade de Deus. Sua viagem em fé não foi um conto de fadas fantástico, mas tem a marca qualitativa de luta realista em um mundo hostil. Abrão teve reveses, mas perseverou na busca do que acreditava ser a vontade de Deus.
1. Ordem e Resposta (12.1-9) A estrutura desta história é simples. Há uma ordem misturada com promessa (1-3),
o ato de obediência de Abrão (4-6) e a teofania ou aparição de Deus a Abraão marcada por promessa, ao que Abrão respondeu adorando (7-9). A ordem de Deus era clara, mas severa. Abrão (1) tinha de deixar a casa e a parentela e mudar-se para uma nova terra. Quando chegou à dita terra, os cananeus (6) habitavam ali, mas Deus prometeu: A tua semente darei esta terra (7). A outra promessa dizia respeito a uma posteridade que se tornaria uma grande nação (2). Os descendentes de Abrão seriam os possuidores da nova terra. Abrão conheceria as bênçãos de Deus e seria conhecido como grande homem. Ele seria canal de bênção (2) para os outros. De tal modo Ele estaria relacionado com eles que o destino dessa gente seria determinado pelo modo que o tratassem. Deus seria gracioso com quem o ajudasse e castigaria quem o amaldiçoasse. A influência de Abrão seria mundial, uma graça divina e uma bênção para muitas nações. Em vez de discutir com Deus, partiu Abrão (4), embora fosse da idade de setenta
e cinco anos. Mas não foi sozinho, pois Sarai, sua mulher, Ló, filho de seu irmão (5), e um grupo considerável de servos o acompanharam. A terra de Canaã é atualmente conhecida por Palestina. A primeira parada importante de Abrão foi em Siquém (6; ver Mapa 2; Gn 33.18,19;
Js 24.1) ou Sicar (Jo 4.5). Hoje, uma cidade próxima chama-se Nablus. Antigamente, a cidade era importante porque, por ali, passavam duas rotas comerciais: uma lesteoeste e outra norte-sul. Ao norte, o monte Ebal se destacava abruptamente sobre a cidade e, ao sul, o monte Gerizim empinava seu cume. O carvalho de Moré é tradução correta. Abrão chegou à Terra Prometida; mas outros tinham chegado antes, pois estavam... os cananeus na terra. Parecia que a promessa de Deus foi anulada por este fato. Para encorajar Abrão, Deus renovou e fortaleceu a promessa, declarando especificamente: A tua semente darei esta terra (7). Em resposta, Abrão construiu um altar e adorou a Deus. Movendo-se em direção sul, Abrão se fixou em uma montanha entre Betei (8; ver
Mapa 2) e Ai. Este último nome significa “as ruínas”. Recente trabalho arqueológico revelou que este local já estava abandonado por no mínimo 500 anos quando Abrão chegou. As ruínas eram originalmente uma cidade-fortaleza, evidentemente construída pelos egípcios em 2900 a.C. e destruída em cerca de 2500 a.C. Nesta montanha, Abrão construiu outro altar e adorou a Deus. Logo prosseguiu indo para a banda do Sul (9). Nesta passagem (12.1-9), temos “Um Exemplo de Fé”. 1) A ordem e a promessa divina, 1-3; 2) A obediência de fé, 4,5; 3) A vida na terra, 6-9 (Alexander Maclaren).
2. Em vez de Bênção, um Causador de Problemas (12.10—13.4) Deus prometeu que Abrão seria uma bênção (2) e que nele seriam benditas todas
as famílias da terra (3). Mas quando desceu Abrão ao Egito (10; ver Mapa 3), por causa de uma fome em Canaã, ele estava longe de ser uma bênção para as pessoas daquele país. A severidade da fome levou Abrão e sua gente ao bem irrigado delta do rio Nilo em
busca de comida para o gado e para as famílias que serviam Abrão. Parece que ele ouviu falar da moralidade desenfreada dos egípcios, pois, movido por medo — matar-me-ão a mim (12) —, pediu à esposa, Sarai (11), que mentisse sobre o relacionamento que tinham.2 O perigo que Abrão antecipou era real, pois logo os príncipes (15) repararam em
Sarai e a levaram à casa de Faraó. Nessa conjuntura, Abrão prosperou (16), pois lhe vieram presentes de animais e escravos em abundância. As coisas não iam tão bem com Faraó (17). Feriu... o SENHOR a Faraó com
grandes pragas e a sua casa, porque o desejo sexual deste monarca ameaçava exterminar a promessa divina de que Abrão teria uma posteridade. Descobrindo que Abrão não dissera toda a verdade sobre sua esposa, chamou Faraó a Abrão (18), repreendeu-o severamente e o expulsou do Egito. Foi uma experiência humilhante para Abrão e, apesar da riqueza, seu retorno
para Canaã quase não foi uma marcha de vitória. Voltando lentamente para Betei (3), o patriarca se curvou diante do altar que, dantes, ali tinha feito (4) e adorou. Sua viagem ao Egito não foi uma bênção para ninguém. A banda do Sul (1) seria o “país de Judá” (BA).
3. A Escolha que Conduziu para Baixo (13.5-18) Não era só Abrão que era rico em rebanhos, vacas e tendas (5), seu sobrinho Ló
também tinha rebanhos numerosos. Faltando bons pastos durante todo o ano, os altiplanos da Palestina não proporcionavam bastante comida e água. Houve contenda (7) entre os pastores nos campos, de forma que tornou imperativa uma conferência entre tio e sobrinho. Eles não podiam perder de vista a presença e ameaça implícita dos cananeus e ferezeus na terra. Este era o cenário de uma das decisões cruciais tomadas no círculo da família de Abrão. Em seguida, ocorre o diálogo entre Abrão (8) e Ló. De acordo com os costumes da
época, a solução do problema teria sido bastante simples. O líder do clã implementaria a solução que protegesse os próprios interesses com pouca consideração aos interesses do concorrente. Mas Abrão preferiu dar a vez ao sobrinho. Insistiu que Ló se apartasse (9) do círculo da família de Abrão, mas deu ao homem mais jovem a opção de escolher a região da Palestina para apascentar seus rebanhos. Do lugar onde estavam acampados perto de Betei, o vale do Jordão lhes era visível a
leste. Ló escolheu ir nessa direção. Em torno de Jericó, como hoje, os campos eram pontilhados por muitas fontes, e no lado sudeste do mar Morto ribeiros de águas descendo dos altiplanos irrigavam os campos férteis. A região era tão verdejante que dois símbolos de fertilidade, o jardim do SENHOR (10) e a terra do Egito, foram as únicas expressões adequadas para descrevê-la. Isto estava em nítido contraste com a terra seca da região montanhosa central da Palestina.
Neste ponto, Ló não sabia do destino que se abateria sobre a terra que ele acabara
de adotar. Mas a história recebe um clima de suspense com a observação de que Sodoma e Gomorra seriam destruídas. Sodoma (13) é especialmente mencionada como cidade prejudicial à moral, pois eram maus os varões de Sodoma e grandes pecadores contra o SENHOR.3 Em 13.5-13, G. B. Williamson apresenta o tema “AEscolha de Ló”. 1) Aescolha de Ló
revelou seu caráter, 10,11; 2) Aescolha de Ló o levou a Sodoma, 12,13; 3) Aescolha de Ló resultou em perda incalculável, 13 (cf. 19.1-28). Depois da partida de Ló, o SENHOR apareceu a Abrão e renovou, com acréscimos,
as promessas feitas anteriormente (14). Ordenando que Abrão inspecionasse a terra (15), o Senhor lhe disse que tudo era um presente aos seus descendentes, que seriam tão numerosos como o pó da terra (16). Mas Abrão também tinha de reivindicá-la como sua terra, percorrendo-a em todo canto que lhe agradasse. Imediatamente, Abrão foi para o sul e se instalou nas pastagens férteis em tomo de Hebrom (18), que na época chamava-se Manre. Foi o terceiro lugar onde o Abrão edificou... um altar junto ao qual adorou o SENHOR. Num primeiro instante, a escolha de Ló prometia ser mais lucrativa, mas estava relacionada com uma situação potencialmente explosiva. A generosidade de Abrão parecia ter-lhe sido danosa, se considerada sob a ótica dos costumes da época. Mas, às vezes, decisões difíceis devem ser tomadas quando o homem busca fazer a vontade de Deus. Não obstante, em virtude das promessas e da ajuda do Senhor, o futuro de Abrão garantia lucros profusos.
4. Crise no Vale (14.1-24) Inesperadamente, o perigo proveniente do norte tornou-se realidade na forma de
um ataque maldoso de quatro reis. A identificação de Anrafel (1) com Hamurábi, importante monarca babilónico, exercia forte atração a certos estudiosos do Antigo Testamento há várias décadas.4 Contudo, achados arqueológicos relacionados a Hamurábi o datam depois do tempo de Abraão. Sinar era um nome antigo para se referir à Babilônia. Arioque é notavelmente semelhante ao antigo nome Ariukki, ao norte da Babilônia, na terra dos hurrianos ou horeus. Nada é sabido de um Quedorlaomer, mas Elão era o nome dos altiplanos a leste do rio Tigre. Tidal foi um dos reis hititas chamado Tudkhula ou Tudhaliya.5 Os cinco reis que se uniram em aliança defensiva no vale de Sidim (3), região sul do
mar Morto, estavam mal preparados para repelir os invasores. Eles se renderam e por doze anos (4) foram vassalos dos estrangeiros. Depois se rebelaram e o resultado foi desastroso. Os invasores voltaram e cruelmente mataram os habitantes do alto planalto, a leste do mar Morto (ver Mapa 2). Alguns destes povos eram lembrados como gigantes. Quanto aos refains (5), ver Gênesis 15.20 e Deuteronômio 2.11; e também Deuteronômio 3.11, onde o termo é traduzido por “gigantes”. Os zuzins eram os mesmos que os “zanzumins” de Deuteronômio 2.20. Quanto aos emins, ver Deuteronômio 2.10,11. Pelo visto, o termo horeus (6) foi usado para aludir aos habitantes aborígines de Edom (Gn 36.20; Dt 2.12,22). Estes ficavam perto dos ricos depósitos de minério de cobre na região sul do Arabá, e é lógico que era por este minério que os reis se interessavam primariamente. Depois das vitórias descritas nos versículos 5 e 6, os reis se dirigiram para o deserto
ao sul e oeste do mar Morto, pilhando o fértil oásis de Cades (7, Cades-Barnéia; ver Mapa 3) e destruindo o povoado em Hazazom-Tamar, que é a atual En-Gedi. A principal batalha com os reis defensores ocorreu no vale de Sidim (8) e acabou em completa derrota e caos. Os vencedores levaram muito saque e muitos escravos, entre os quais estava Ló e a sua fazenda (12). Um fugitivo da invasão contou a Abrão (13) o destino de Ló. O patriarca, normalmente amante da paz, reuniu uma companhia de trezentos e dezoito (14) homens. Com habilidade e coragem eles conseguiram resgatar Ló, muitos outros cativos e grande parte do saque depois de árdua perseguição de mais de 160 quilômetros em direção norte até Dã (ver Mapas 2 e 3). Na viagem de retorno a Hebrom, Abrão e sua companhia passaram pela antiga Jerusalém, atravessando o vale de Savé (17), possivelmente o vale de Cedrom. Um grupo dos distintos e gratos líderes da terra o encontrou ali. Pela primeira vez, Abrão provara ser uma bênção aos vizinhos (ver 12.2,3). Melquisedeque (18), o honorável sacerdote-rei de Salém (Jerusalém), deu comida e bebida aos vencedores e pronunciou uma bênção a Abrão (19). O nome Deus Altíssimo (18) era, naqueles dias, designação comum da divindade no país da Palestina. Em atenção aos atos do sacerdote-rei, Abrão deu o dízimo de tudo (20) a Melquisedeque. O rei de Sodoma (21) tinha menos inclinação religiosa. Pediu seu povo de volta, contudo foi bastante generoso em oferecer a Abrão todo saque procedente do combate. Abrão tinha pouco respeito por este homem e respondeu que fizera o voto de não ficar com nenhum bem que pertencesse ao rei de Sodoma, para que, depois, isso não fosse usado contra ele por aquele indivíduo repulsivo. Abrão também deixou claro que o seu Deus tinha o título de SENHOR (22) e não era apenas outra deidade cananéia. A única coisa que Abrão pediu foi que os soldados fossem recompensados pelos serviços prestados e que seus aliados, Aner, Escol e Manre (24), tivessem participação no saque. O caráter robusto de Melquisedeque e seu status como respeitado sacerdote-rei tornaram-se significativos em posteriores pronunciamentos sobre o muito esperado Messias. O Salmo 110.4 relaciona o Messias na “ordem de Melquisedeque” e o escritor da Epístola aos Hebreus cita esta porção dos Salmos para mostrar que Cristo é este tipo de ordem sacerdotal no lugar da ordem arônica (Hb 5.6,10; 6.20; 7.1-21). O escritor de Hebreus enfatiza o significado do nome e status de Melquisedeque
para assinalar que ele e Cristo eram homens de justiça e paz (Hb 7.1,2). A próxima correlação é um destaque na força e valor pessoal e não na linhagem. Seu ofício não passou automaticamente a outro. Cristo é Sumo Sacerdote e não somente sacerdote, e em vez de dar somente uma bênção, Cristo salva “perfeitamente” (Hb 7.25,26).6

espero que este estudo venha abençoar a vida de vocês, até o proximo post


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