Pular para o conteúdo principal

C


oiiiieeeee meus amores 🙋
 estou muito empolgada com essa jornada, então bora lá continuar

C. O Concerto de Deus com Abraão , 15.1—17.27 Diferente das religiões pagãs dos vizinhos de Abrão, cuja crença era politeísta e
centrada na natureza, a crença de Abrão era monoteísta e centrada no concerto. Nem a Babilônia, a Síria ou o Egito conhecia uma religião que fosse pessoal, com uma relação dinâmica operando entre Deus e o homem. Mas Deus estabeleceu tal relação com Abrão e seus descendentes fazendo um concerto com ele.
1. O Concerto de Deus comAbrão (15.1-21) Na sociedade do alto vale da Mesopotâmia fazer concertos era prática comum entre
homens e entre nações.7 Deus usou esta forma de relação pessoal como meio de transmitir sua revelação a Abrão (1) e seus descendentes. A comunicação ocorreu por meio de uma visão na qual o Fazedor do Concerto acalmou o medo de Abrão e se identificou como seu escudo e grandíssimo galardão. O termo escudo denota proteção; e galardão, com seus adjetivos, transmite a idéia de graciosidade abundante. As duas palavras representam um Deus que se preocupava muito com as ansiedades que Abrão tinha. Segue-se um diálogo no qual Abrão revela sua profunda angústia. Deus prometeu
que Abrão teria um filho (12.1-7; 13.14-17). Mas não veio nenhuma criança para abençoar sua casa. Por quê? A lei dos hurrianos, prevalecente em torno de Harã, de onde veio Abrão, tomava providências para que um casal sem filhos adotasse um servo para cuidar deles na velhice e enterrá-los. Em troca, o herdeiro adotado receberia a riqueza da família. Evidentemente, Abrão adotara o damasceno Eliezer (2), mas ele não estava satisfeito. Esta provisão não correspondia com a promessa que Deus lhe fizera. Um nascido na minha casa (3) é tradução correta. Em resposta a Abrão, o SENHOR (4) lhe garantiu que Eliezer não seria o herdeiro,
mas que Deus ainda daria a Abrão um herdeiro de quem ele seria o pai. Para reforçar a promessa, Deus ordenou a Abrão: Olha, agora, para os céus e conta as estrelas (5). A vasta gama de estrelas que salpicavam o céu seria comparável ao número de descendentes que consideraria Abrão como pai. A reação de Abrão foi completa rendição à vontade de Deus e a aceitação da promessa como resposta adequada às suas dúvidas. Pela primeira vez na Bíblia ocorre o verbo crer (6). Basicamente, significa estar firmemente determinado ou fundamentado. Neste contexto, significa que Abrão se fundamentou na integridade de Deus. Diante disso, Deus aceitou este ato de fé como ato de justiça que desconsiderou a dúvida anterior. Este versículo foi muito importante para Paulo, que o usou para demonstrar em
Romanos 4 que crer em Deus é a base para obter salvação e que a justiça é um dom de Deus. Praticamente o mesmo argumento é usado em Gálatas 3 (ver comentários sobre estes w. no CBB, vols. VIII e IX). Em 15.1, é indicada “A Fé de Abraão”. 1) O registro da fidelidade: Depois destas
coisas (cf. caps. 12—14); 2) A recompensa da fidelidade, 1-6 (G. B. Williamson). O próximo diálogo se concentra na relação da terra (7) com a semente de Abrão.
Depois de breve referência ao chamado que anteriormente fizera a Abrão, Deus repetiu a promessa de que a Palestina seria uma casa para os filhos do patriarca. Abrão pediu alguma prova tangível, visto que ele não possuía nada da terra pela qual peregrinava. Foi neste contexto que o concerto foi realmente estabelecido. Seguindo procedimentos antigos no estabelecimento de concertos, Deus orientou Abrão
a preparar três animais — uma bezerra, uma cabra e um carneiro (9), os três de três anos — e dois pássaros — uma rola e um pombinho. Depois de sacrificá-los, Abrão dividiu as carcaças dos animais e as colocou no chão, vigiando-os para protegê-los de aves (10) que se alimentam de carniça. Pondo-se o sol (12), Deus apareceu a Abrão na forma de grande espanto e grande escuridão (“um terror e medo de estremecer”, BA). A mensagem do Revelador estava cheia de detalhes acrescentados às promessas
anteriores. Sobre a semente (13), Deus disse que a posse da terra não seria imediata,
mas que os descendentes de Abrão teriam de habitar primeiro em outra terra. Lá, seriam escravizados por quatrocentos anos, em cujo período eles conheceriam a aflição. Mas Deus julgaria aquela gente (14) e libertaria o povo de Abrão. O próprio Abrão não possuiria toda a terra, mas teria um senso de paz (15) na
velhice e morte. Voltando ao assunto da terra, Deus indicou que os amorreus (16), que então a habitavam, tinham de ganhar tempo para demonstrar sua falta de responsabilidade e abundância de iniqüidade. Aterra não lhes seria arrancada até que o ato estivesse fundamentado em firme base moral. No momento em que o sol se pôs (17), Deus se manifestou de maneira diferente. Ele
simbolizou sua participação e autenticação do concerto passando entre os animais sacrificados como um forno de fumaça e uma tocha de fogo. Nas Escrituras, é freqüente o fogo simbolizar a presença de Deus. O capítulo tem uma observação sucinta, destacando que a promessa de concerto
incluía as fronteiras da Terra Prometida. Elas se estenderiam desde o rio do Egito (18), o Uádi el-Arish, a meio caminho entre a Filístia e o Egito, até ao grande rio Eufrates. Em seguida, há uma lista dos dez grupos que habitavam em Canaã nos tempos de Abrão. De 15.5-18, Alexander Maclaren pregou sobre “O Concerto de Deus com Abrão”. 1) A
promessa de Deus, 5,7; 2) A fé triunfante de um homem, 6; 3) A verdade do evangelho: Foi-lhe imputado isto por justiça, 6; 4) O concerto reafirmado, 7,13-18.
2. A Esposa Substituta (16.1-16) O tempo passou e Sarai (1) continuava sem filhos. Deus não prometeu que o filho
viria dela (15.4) e o problema de uma promessa não cumprida permanecia. Na opinião de Sarai, a resposta era o costume da pátria de onde vieram. Este costume dizia que a esposa sem filhos tem de oferecer ao marido uma criada para servir no lugar dela. A descendência seria considerada sua.8 Sarai tinha uma serva egípcia chamada Agar, que ela ofereceu a Abrão (2). Abrão aceitou a oferta e pouco tempo depois Agar teve um filho. Emoções profundas e intensas no coração de cada participante estavam emaranhadas com o problema de interpretar uma promessa divina por meio de providências legais. Agar (4) ficou arrogante com sua senhora, e Sarai ficou amarga e abusiva (5). Indo ao marido, ela o acusou de privá-la dos direitos básicos de esposa e exigiu que tomasse uma atitude. A Bíblia Ampliada traduz o versículo 5a assim: “Que [minha responsabilidade pelo] meu erro e privação de direitos estejam sobre ti!” Era contrário ao costume da pátria de onde vieram as esposas servas mostrarem desrespeito à esposa principal. Abrão <6) recusou punir Agar, mas permitiu que Sarai agisse como quisesse. O mesmo costume que permitia uma esposa substituta não permitia a expulsão
desta esposa depois que ela ficasse grávida, qualquer que fosse sua atitude. Mas Sarai era diligente. Ela afligiu-a, forçando a moça a fugir. Agar estava a caminho de sua pátria, o Egito, quando o Anjo do SENHOR (7) lhe
apareceu numa fonte ao chegar ao deserto de Sur (ver Mapa 2). Em resposta à pergunta, Agar (8) confessou que estava fugindo de Sarai. Em vez de mostrar compaixão, o Anjo do SENHOR ordenou que a moça voltasse à sua senhora (9). Em troca desta submissão ao abuso, Agar recebeu a promessa de numerosa semente (10). A criança que nasceria se chamaria Ismael (11), como lembrança que Deus ouviu a oração de desespero que ela fez. O filho teria caráter incomum. Ele não se ajustaria bem com a família quieta de Abrão. Ele amaria a vida selvagem e livre do deserto. Poucos seriam os homens que gostariam do seu jeito. Aresposta de Agar foi gratidão e adoração. Deus reparou em sua situação aflitiva e ela
ficou grata. Em vez de se ressentir com a ordem, ela fielmente refez o caminho de volta à tenda de Sarai. Em honra de sua grande experiência espiritual, ela deu nome ao poço de Laai-Roi (14, “A fonte daquele que vive e me vê”). Ela não resolveu problema algum fugindo. Agora ela enfrentava a dificuldade perante Sarai com coragem e nova esperança. No devido tempo, o filho nasceu e Abrão (15), evidentemente inteirado da experiência de Agar junto ao poço, chamou a criança Ismael (cf. 11). Ele teve um filho, mas não foi quem Deus prometeu.
3. O Sinal do Concerto (17.1-27) Treze anos se passaram e novamente apareceu o SENHOR a Abrão (1). Típico de
ocasiões de estabelecimento de concerto, o Divino se identificou com Abrão. Ele era o Deus Todo-poderoso (El Shaddai). Não é dado outro detalhe, mas Ele tinha uma ordem para Abrão. Era curta, mas severa: Anda em minha presença e sê perfeito. Em ocasião anterior, Enoque ilustrou a primeira parte da ordem vivendo uma vida de completa obediência e aceitação a Deus (5.34). Noé também foi designado perfeito (cf. 6.9), significando que era um homem de vontade única, um homem de integridade. Abrão tinha de ser como estes homens de Deus. Reagindo à informação que Deus desejava renovar o concerto (2) de promessa com
ele, caiu Abrão sobre o seu rosto (3), tomado pelo conhecimento de que Deus estava falando com ele. A prostração do patriarca era postura comum em seus dias para mostrar reverência ou temor extremo. Em 17.1-6, vemos o tema “A Garantia de Deus a Abrão”. 1) Deus é todo-suficiente,
la,4-6; 2) Deus é Juiz onisciente, 2,3; 3) O ideal eterno de Deus para o homem é a perfeição, lb (G. B. Williamson). A mensagem de Deus para Abrão estava dividida em quatro partes: 17.5-8, 9-14,
15,16 e 19-21 — em dois casos entremeados com conversa envolvendo Abrão. A primeira palavra de Deus reiterou a realidade da relação do concerto (4), mas a
promessa de uma semente foi aumentada: Serás o pai de uma multidão de nações. O concerto foi reforçado pela mudança do nome de Abrão para Abraão (5). A promessa foi ampliada incluindo uma posteridade de reis (6). Outra adição foi a garantia de que a relação seria perpétua (7). Também seria pessoal, para que a semente de Abraão afirmasse que seu Deus era o Deus que havia feito o concerto. Isto foi possível, porque o próprio Deus estabeleceu a relação e não porque eles tomaram a iniciativa de buscá-lo. Nova observação também foi acrescentada na promessa da terra: seria em perpétua
possessão (8). “A Fé que Espera é Recompensada” é o tema de 17.1-9. 1) O caráter de Deus e o
nosso dever, 1; 2) O sinal do concerto, 5; 3) A substância do concerto, 2,4,7,8 (Alexander Maclaren). A segunda palavra se concentrou na manutenção do concerto (9) e no sinal do
concerto (11). Era uma série de ordens. A estipulação básica foi: Todo macho será circuncidado (10). O tempo normal para circuncidar a criança seria aos oito dias (12)
de vida. Não haveria distinção de classes, pois no concerto quem estava escravizado tinha posição igual aos homens livres. Os servos poderiam participar no concerto perpétuo (13), mas diriam a quem não fosse circuncidado: Aquela alma será extirpada dos seus povos (14). Até onde se sabe, a instituição do rito da circuncisão entre o povo de Abraão foi o primeiro golpe contra o mal da escravidão e a favor da igualdade humana diante de Deus. A terceira palavra dizia respeito à relação de Sarai (15) com o nascimento do filho
prometido. Este ponto nunca foi esclarecido nas outras conversas entre Deus e Abraão. Ela precisava mudar de nome. A forma mais arcaica Sarai seria mudada por nova ortografia, Sara (15). Pelo que se sabe, as duas ortografias significam “princesa”. Ela seria uma bênção divina, a mãe de um filho (16), e mais, a mãe das nações e de reis de povos. Pela segunda vez, caiu Abraão sobre o seu rosto (17), mas desta vez ele riu-se. A
idade dele e da esposa impediriam o cumprimento de tal promessa. Com certeza seria melhor pensar em termos do bem-estar de Ismael (18). Mas Deus era insistente. Sara seria mãe, e o nome do filho seria Isaque (19). Aqui há um jogo de palavras, pois Isaque significa “risada”. Aquilo que pareceria cômico do ponto de vista humano seria mesmo a realidade.
Quanto a Ismael (20), Deus tinha planos para abençoá-lo como o ascendente de
doze príncipes, de uma grande nação. Não obstante, o concerto não seria com sua linhagem; seria com Isaque (21), a quem Sara daria à luz em seu devido tempo. Tendo recebido as ordens e promessas de Deus, Abraão obedeceu imediatamente. No
mesmo dia circuncidou todos os machos de sua casa (23). Nessa época, Abraão tinha noventa e nove anos (24) e Ismael (25) treze. A circuncisão se tornou o sinal do compromisso hebreu com uma crença religiosa que permaneceria por séculos ao longo dos tempos do Antigo Testamento. Era uma crença notavelmente diferente de qualquer povo circunvizinho. Eis uma crença fundamentada na revelação de Deus e estruturada na relação pessoal com o homem, em vez de estar estruturada nas forças naturais.9

fiquem com Jesus até o proximo post


Comentários