oiiiieeee amores da K🙋
Hoje vamos ver o estudo D
D . A Espera pelo Verdadeiro F ilho, 1 8 .1— 2 0 .1 8 Estes três capítulos (18—20) estão entre a promessa que Sara teria o verdadeiro
herdeiro e o cumprimento da promessa. Os capítulos 18 e 19 remetem o leitor de volta ao conteúdo dos capítulos 13 e 14. As fortunas e infortúnios de Ló são comuns a ambos os conjuntos de capítulos. O capítulo 20 também se refere a um acontecimento anterior, o logro do Faraó do Egito pertinente ao verdadeiro parentesco de Sara e Abraão. Como nos capítulos anteriores, o caráter de Abraão brilha radiantemente em contraste com o de Ló, mas não tanto em comparação ao do monarca estrangeiro.
1. Não é para Rir (18.1-15) Para que o leitor não se perca com os detalhes da história, o primeiro versículo deixa
claro que o que está envolvido é uma teofania, uma aparição do SENHOR (1), na tenda de Abraão nos carvalhais de Manre. Abraão estava descansando na sombra durante o calor do dia, ou seja, uma ou duas horas antes e depois do meio-dia.
Erguendo os olhos, Abraão se espantou ao ver três varões (2). Imediatamente, reagiu com a hospitalidade que ainda hoje subsiste entre o povo da Palestina. Curvando-se diante deles, Abraão implorou que os estranhos parassem em sua tenda, tirassem o pó dos pés, lavando-os, e descansassem debaixo da árvore (4). O patriarca disse que lhes serviria uma refeição e depois eles poderiam continuar a viagem, porquanto por isso chegastes até vosso servo (5). Os estranhos responderam graciosamente ao convite, e Abraão (6) foi correndo aos rebanhos para apanhar uma vitela, não sem antes mandar que Sara preparasse bolos no borralho (ARA). A manteiga (8) poderia ser do leite de vacas, de cabras ou de camelos. O leite era provavelmente azedo. Ainda hoje, na Palestina, leite coalhado é reputado em alta conta como bebida refrescante em um dia quente. De acordo com o costume, as mulheres do acampamento não se mostravam enquanto as visitas estivessem presentes, nem o anfitrião comia com os convidados. Seu dever era lhes atender em tudo de que precisassem. A indagação sobre sua mulher (9) deve ter surpreendido Abraão como falta de educação, porque sua resposta tem um tom de surpresa. O desenrolar da cena mostra que Abraão foi, pouco a pouco, compreendendo que um dos visitantes era diferente dos outros. Foi ele (10) que prometeu que a futura maternidade de Sara seria uma realidade. Embora Abraão já tivesse sido informado disso (17.15-19), Sara não sabia. Ela riu-se (12) consigo mesma, meditando na improbabilidade de ser mãe na sua idade. Mas ficou chocada e amedrontada quando ouviu o estranho, agora chamado SENHOR (13), questionar o marido dela sobre a incredulidade secreta que ela sentia. Ele perguntou: Haveria coisa alguma difícil ao SENHOR? (14), e reafirmou: Sara terá um filho. A mulher foi pega desprevenida e resmungou uma negação, só para ser repreendida de novo. Foi assim que Sara ficou sabendo do seu futuro papel nos propósitos de Deus para o seu povo, tropeçando na soleira da porta do impossível, do ponto de visto humano. Nesta história (18.1-4,9-14), encontramos provas de que: 1) Deus permite que situações impossíveis se desenvolvam, 10-12; 2) Deus pode fazer o aparentemente impossível, 13; 3) Deus é glorificado na comprovação do seu poder, 14 (G. B. Williamson).
2. Uma Intercessão Persistente (18.16-33) Havia outro aspecto da visita dos homens que estava reservado para os ouvidos de
Abraão. Tendo reafirmado a promessa de Deus de um filho por meio de Sara, e tendo demonstrado a habilidade divina de conhecer os pensamentos secretos de uma mulher, o SENHOR (17) não teve dificuldade em convencer Abraão da gravidade do próximo item das notícias. O breve monólogo (17-19) revela a confiança que o SENHOR tinha neste homem, baseado em avaliação cuidadosa do seu caráter. Podia-se confiar que Abraão ordenaria e ensinaria seus filhos de certa maneira que a vontade divina revelada a ele prosseguisse nas gerações futuras. Assim, haveria continuidade na justiça (19, tsedakah). Este termo conota fidelidade a padrões próprios, quer morais ou judiciais. A conservação do juízo (mishpat), ou seja, a manutenção de relações harmoniosas entre as pessoas, não seria apenas assunto de uma geração. O Senhor queria a continuidade desses valores, e Abraão, com seus descendentes, dava a promessa de cumprimento da vontade divina. Assim, Ele se sentia justificado em revelar parte de sua preocupação pessoal a Abraão. A apreensão divina também dizia respeito a Sodoma e Gomorra (20), pois clamores de queixa chegavam ao SENHOR e indicavam que o pecado se agravara muito. O SENHOR estava a caminho de fazer uma inspeção pessoal das condições. O forte antropomorfismo desta cena não sugere ignorância da parte de Deus. A ênfase está focalizada na profunda preocupação do SENHOR acerca dos males sociais; eles não passam despercebidos. Outra ênfase está na justiça básica de Deus. Ele não executa julgamentos baseados em rumores; Ele sabe, em primeira mão, qual é a situação. Além disso, Ele está propenso a considerar outros meios, que não a destruição, para corrigir as coisas. Ele está inclinado a ouvir e avaliar as orações daqueles que nele confiam. Quando Abraão ouviu falar sobre Sodoma e Gomorra, grande preocupação tomou
conta de sua alma, pois ele estava totalmente ciente da residência de Ló próximo a essas cidades. O senso de justiça de Abraão logo se expressou. Com certeza o justo (23, tsaddik),
que vive de modo digno na presença de Deus, não deve ser punido com o ímpio. Abraão começou com muito otimismo. Suponha que houvesse cinqüenta justos na cidade (24), seria justo Deus destruí-los? A resposta divina foi que o Senhor pouparia a cidade se cinqüenta justos (26) fossem encontrados. Mas, e se faltassem apenas cinco pessoas (28) para chegar a esse número, haveria o desastre? Abraão conhecia muito bem seu lugar diante de Deus, pois em termos de poder e
autoridade ele era pó e cinza (27). Contudo, persistiu, abaixando a quantidade de quarenta e cinco para quarenta (29), depois, para trinta (30), em seguida, para vinte (31). A cada vez o Senhor consentia o pedido do patriarca. Por fim, chegou ao número dez (32), que era quase o tamanho da família de Ló. Recebendo a garantia de que o juízo seria retido se dez justos fossem encontrados, Abraão parou de interceder. O resultado teria de depender da condição espiritual da família do seu sobrinho. Em 18.20-33, segundo G. B. Williamson, nossa atenção é dirigida a “O Justo Juiz”. O
foco está no versículo 25. 1) A extensão da misericórdia de Deus em responder a oração, 23-26; 2) A execução do julgamento de Deus sobre os pecadores impenitentes, 20,21 (cf. 19.23,24); 3) A isenção dos justos, 26-32 (cf. 19.12-22).
3. Não Havia nem Dez (19.1-29) A história deste capítulo tem várias partes distinguíveis. O cenário está nos versículos
1 a 3. Depois, segue-se a situação da crise (4-11), a hora da decisão (12-16), o ato de libertação (17-22) e a ação de julgamento (23-29). Dois dos homens, agora chamados anjos (1), chegaram a Sodoma logo depois de
deixar Abraão em Hebrom, embora a distância entre os dois lugares fosse de dois dias habituais de viagem. Ló estava à porta da cidade, lugar onde os homens tinham o hábito de se reunir no fim de um dia de trabalho. Era na porta que as pessoas resolviam suas questões legais (Rt 4.1-12). Ló cumprimentou os estranhos e lhes ofereceu hospedagem. Rendendo-se à persistência de Ló, os anjos foram tratados com hospitalidade generosa. Pouco antes de irem dormir, Ló e seus novos amigos ouviram um tumulto fora da
casa. Era uma multidão dos varões de Sodoma (4), de todas as idades, inflamados por luxúria bestial. O famoso pecado da cidade estava se mostrando em toda sua feiúra. Os homens queriam que os estranhos lhes fossem entregues para manter atos homossexuais com eles, pecado que veio a ser conhecido por sodomia. Ló ficou chocado e confuso pela exigência. Em sua perplexidade, Ló, sem perceber,
revelou outro grande pecado dos seus dias: a desvalorização trágica da condição feminina.
Valorizando mais a honra dos visitantes masculinos do que o bem-estar de suas duas filhas (8) jovens, Ló as ofereceu aos homens para que abusassem delas como quisessem. Mas os homens consideraram a oferta um insulto e acusaram Ló de ser estrangeiro arrogante. “Este camarada veio aqui como imigrante e fica agindo como juiz” (9cd, VBB). Vendo o perigo que Ló corria, os visitantes o salvaram da turba e afligiram os homens com cegueira (11). O hebraico indica que a cegueira foi causada por um deslumbrante flash de luz. Os anjos não precisavam aprofundar mais a investigação. A condição moral de Sodoma
estava nitidamente clara. Exortaram Ló (12) que avisasse todos os membros da casa, incluindo genros, para que se preparassem para fugir da cidade. Não havia dúvida da iminência do julgamento. Ló obedeceu à ordem, mas recebeu má acolhida de seus genros (14). Só ficaram quatro na família, longe do mínimo que Abraão fixara para salvar a cidade da destruição (18.32). A medida que chegava a hora da partida, Ló parecia por demais inerte para a ação.
Os varões (16) tiveram de pegar pela mão a ele, sua esposa e filhas para fazer com que saíssem da cidade. Sob as condições firmadas pelo pedido de Abraão, os homens não tinham a obrigação de fazer isso. Preocuparam-se com Ló e sua família só por que o SENHOR lhe foi misericordioso. No perímetro da cidade, a família recebeu mais orientações: Escapa-te por tua
vida; não olhes para trás de ti e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte (17). Mas Ló (18) ainda não estava inteiramente ciente da magnitude do desastre que viria. Os vagos perigos das montanhas lhe metiam mais medo, por isso rogou pelo privilégio de se esconder em uma aldeia vizinha chamada Zoar, que quer dizer pequena (20). Um dos anjos lhe concedeu o pedido, mas o exortou que chegasse à aldeia o mais rápido possível. Ló chegou a Zoar (22) no momento exato, pois a hora da destruição foi ao amanhecer. O destino de Sodoma e Gomorra (24) foi apavorante. O texto não menciona um
terremoto, mas poderia ter acontecido, liberando da terra gases explosivos que, misturado com os depósitos de enxofre da região, criaram uma cena espantosa. Nem todos da família fugitiva conseguiram escapar. A mulher de Ló olhou para trás (26), desobedecendo à ordem do anjo, e morreu, tornando-se uma estátua de sal. Na história da fuga de Ló (19.15-26), Alexander Maclaren vê “O Destruidor Veloz”.
1) A demora e o salvamento de Ló, 15,16; 2) Escapa-te por tua vida, 17-22; 3) A horrível destruição, 23-25; 4) O destino dos morosos, 26. De lugares altos e seguros, a leste de Manre, outra figura triste inspecionava a
fumaça que subia da terra (28). Ele sabia qual era a causa da fumaça, mas ainda não sabia que seu sobrinho Ló fora misericordiosamente guardado do holocausto pelos anjos. Ainda lhe era desconhecido o fato de que esta libertação ocorreu porque Deus se lembrou de Abraão (29).
4. A Embriaguez de Ló (19.30-38) A história final da vida de Ló não é aprazível. Como Noé (9.20-23), Ló se enredou
com vinho (32) depois da espetacular fuga da morte. Mas, neste exemplo, suas filhas também se envolveram. Ló acabou se recolhendo nos montes, apesar dos seus temores anteriores (19), e estabeleceu casa em uma caverna remota.
Temos de julgar o incidente com compaixão, pois a série de calamidades que se abateu sobre os três de maneira nenhuma era comum. Eles não sabiam se alguém no vale também conseguiu escapar como eles. As moças estavam em renhido dilema. Onde haveria um homem para casar com elas, e como haveria um filho para continuar o nome do seu pai? Estas não eram questões de pequena monta na sociedade em que viviam. A solução que delinearam foi escandalosa, embora conseguissem racionalizá-la para
contentamento próprio. Mas elas sabiam melhor que discutir o assunto com o pai. O plano era insensibilizar o pai com vinho e depois manter relações sexuais com ele. Sendo bem-sucedidas no esquema, deram, no devido tempo, à luz filhos. A história não parece estar anexada ao relato da destruição de Sodoma e Gomorra
para condenar Ló ou suas filhas. Ao contrário disso, o propósito parece ser meramente contar como surgiram os moabitas e os amonitas e por que eles foram considerados parentes próximos do povo hebraico. Por outro lado, não há senso de aprovação moral.
5. Fracasso em ser uma Bênção (20.1-18) Abraão ficava extremamente apavorado sempre que tinha relação estreita com um
poder político que era mais forte que o dele. A reputação dos vizinhos pagãos provavelmente lhe dava razão para o medo. Aqui, como no relato da viagem de Abraão ao Egito (12.14-20), a desconfiança do patriarca nos regentes pagãos se concentra na luxúria que tinham por variedade de mulheres nos haréns. Nenhuma história nega que existisse tal cobiça. Ambas as histórias descrevem casualmente que Faraó e Abimeleque (2) levaram Sara para sua companhia, assim que descobriram que ela era irmã de Abraão. Foi o medo de Abraão pela própria vida que o motivou a não esclarecer a relação peculiar de irmã-esposa comum em sua pátria, mas não entendida na Palestina ou no Egito. O resultado de Abraão não dizer toda a verdade sobre sua relação com Sara foi
situação repleta de ironia. Deus interveio na questão, mas não primeiramente para seu servo. Deus se revelou em um sonho a Abimeleque (3) e lhe apresentou os verdadeiros fatos do caso, mostrando o perigo pessoal por cometer este pecado. Abimeleque protestou dizendo que não sabia e afirmou que ele e seu povo, no que
dizia respeito ao assunto, eram justos (4). Ele confiou na verdade das declarações feitas por Abraão e Sara, por isso reivindicou sinceridade (tam, basicamente a mesma palavra traduzida por “perfeito” em 17.1) e pureza de mãos (5). A primeira expressão diz respeito à motivação interior, a última, à ação em si. No versículo 6, Deus estava propenso a aceitar a ignorância de Abimeleque como
testemunho de sua sinceridade de coração, mas também acrescentou que foi a atividade providencial divina que impediu que Abimeleque cometesse pecado. Deus lhe deu uma ordem. Abimeleque tinha de devolver Sara a Abraão e buscar seu dom profético de intercessão para que a vida de Abimeleque fosse poupada (7). A alternativa era castigo severo. A obediência imediata de Abimeleque foi seu mérito. Ele chamou todos os seus
servos (8) e, tendo-lhes contado o sonho, mandou que Abraão se apresentasse para uma reunião pessoal. O monarca pagão censurou asperamente o patriarca pelo que ele fez e exigiu uma explicação. Abraão admitiu ter agido na presunção de que não há temor de Deus neste lugar (11) e que eles o matariam. Explicou também os costumes matrimoniais incomuns de sua pátria. Uma mulher poderia ser irmã (12), neste caso meia-irmã, de um homem e esposa. Ele saíra de casa em obediência a Deus, mas com medo do mundo pagão pelo qual viajava. Assim, combinou com sua esposa que, em todos lugares que fossem, ela diria: E meu irmão (13). Abimeleque não discutiu com Abraão, mas lhe devolveu a esposa junto com um presente de gados e criados e lhe disse que peregrinasse por onde lhe agradasse. Depois advertiu (16) a mulher, indicando que nunca deveria se envergonhar de dizer que Abraão era seu marido: Eis que elas (mil moedas de prata) te sejam por véu dos olhos (16).10 Os versículos observam o fato de que Deus já havia castigado parcialmente Abimeleque
e seu povo afligindo as mulheres com esterilidade. A função de Abraão como profeta é ser intercessor, um porta-voz para Abimeleque (17) na presença de Deus. Este foi o modo de ele ser uma bênção para estes vizinhos pagãos. Sua influência para o bem poderia ter sido bem maior. Deus respondeu misericordiosamente à oração e afastou a calamidade.
Semana abençoada estudando a palavra com vocês bjinhos até amanhã
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