Iniciando a semana com muito estudo então pega papel e caneta e vamos estudar
JACÓ, O HOMEM QUE DEUS REFEZ Gênesis 28.10—35.29
Jacó andou sozinho em um mundo estranho. Deixou para trás um pai envelhecido,
que não percebeu que seu favoritismo por Esaú poderia tê-lo levado a contrariar a vontade de Deus, conforme foi revelada a Rebeca (25.23). Deixou para trás um irmão amargurado e enraivecido que, não tendo senso dos verdadeiros valores, só pensava em ter sido roubado pelo esperto Jacó. Deixou para trás uma mãe perturbada que, sabendo algo da vontade de Deus para Jacó, complicou o propósito divino por meio de subterfúgio mal planejado. Mas Jacó não ficou sozinho por muito tempo; Deus o encontrou, e uma moça
também o encontrou. Afligiram-lhe o coração um arranjo matrimonial contrário ao seu gosto e um sogro não muito confiável. Não obstante, Deus o conduziu por uma experiência nova e transformadora,
uma reconciliação com o irmão, em padrões de luz e sombra que lentamente fortaleceram e amadureceram seu caráter diante de Deus.
A. Confrontado por Deus, 28.10-22 As principais visitações de Deus a Jacó foram dramáticas e perturbadoras. O
incidente em Betei não foi exceção; ele não esperava o que aconteceu naquela noite, nem jamais ia esquecer o significado do que lhe ocorrera. Antes desse episódio, parece que Jacó nunca teve muita consideração pela vontade de Deus para ele. Depois dessa experiência, sua vida foi dominada por um interesse profundo pela vontade divina.
1. Um Travesseiro Duro (28.10,11) A viagem para Harã (10; ver Mapa 1) superava 480 quilômetros e a distância a um
lugar (11) era de cerca de 110 quilômetros de Berseba. Visto que a noite já caíra e ele estava cansado, Jacó fez uma cama rudimentar no chão, reunindo algumas pedras (11) para fazer a vez de cabeceira {mera ashotaw, lit., “apoio para a cabeça”). A história não dá indicação de que Jacó esperava ou buscava uma experiência espiritual incomum.
2. A Visita Surpresa (28.12-15) O sonho veio sem induzimento humano e seu conteúdo foi dado pelo SENHOR (13),
que o dominou. A escada (12) era ligação visual entre o terrestre e o divino. Os anjos de Deus eram os mensageiros, a linha de comunicação entre o homem e Deus. Não havia imagem de Deus no sonho, apenas a consciência de uma relação soberana de Deus que está em cima (13) de tudo. O elemento surpresa é enfatizado por uma visão em três partes na descrição do sonho (12,13). Nas visitações de Deus ao homem no período do concerto, é comum haver uma declaração introdutória que identifica aquele que fala primeiro. Neste caso, o Orador deixou claro que Ele era o mesmo que havia visitado o avô de Jacó, Abraão, e seu pai, Isaque. Aqui não está envolvido o politeísmo. Em cada exemplo, o mesmo Deus era o Comunicador do concerto. O teor das promessas de Deus permaneceu o mesmo. A terra (13) em que Jacó
estava deitado era um presente de Deus. Não apenas para ele, mas para sua semente (14), que se multiplicaria como o pó da terra, sem poder ser contada, e como a agulha da bússola que se move a todas as direções do mundo. Isto acarretaria interação com outras nações e, como se deu com Abraão (12.3), era da vontade de Deus que essas interações fossem benditas, ou seja, contribuíssem para o bem-estar e esclarecimento espiritual. Muitas das promessas tinham significação mais pessoal. Como Isaque (26.24), Jacó
deveria conhecer a presença íntima do Senhor, mas um novo padrão também foi estabelecido. Jacó estava saindo, mais voltaria — seqüência que seria repetida muitas vezes na história dos seus descendentes. A estabilidade da presença de Deus estava ligada com sua fidelidade em pôr em prática seus propósitos nos assuntos dos homens.
3. A Resposta de Jacó (28.16-22) O sonho e a mensagem acordaram Jacó, deixando-o plenamente desperto e ciente de
ter tido um encontro com Deus, para o qual não estava nem um pouco preparado. O medo tomou conta do seu coração. Para ele, o lugar era terrível (17), ou seja, dava medo. Nitidamente apreendeu o sobrenatural, mas, ao mesmo tempo, não perdeu a razão. Estava totalmente consciente de que algo muito incomum havia acontecido e que envolvia Deus. Os termos para esta experiência foram Casa de Deus {Betei) e porta dos céus. Jacó respondeu com três ações significativas. A primeira foi de natureza ritualista.
Para comemorar a ocasião, a pedra (18) foi posta em pé e ungida com azeite. Fez isto não porque era homem primitivo que acreditava que as pedras tinham espírito, mas pelo fato de estar convencido da integridade do seu encontro com Deus e desejoso de testemunhar dessa fé. O segundo ato foi renomear o lugar para colocar o nome em concordância com a nova experiência. Para Jacó, Luz (19) não dizia nada, mas Betei nunca perderia sua significação. O terceiro ato foi um compromisso selado com um
v o t o (20). Pelo motivo de a primeira palavra que Jacó proferiu ter sido condicional: S e D e u s fo r c o m ig o , há quem o retrate estar em árdua barganha com o Todo-poderoso, muito semelhante com suas negociações com Esaú.1 Mas o contexto descreve Jacó como homem que foi quebrantado por Deus. Ele estava pronto a nivelar as promessas imerecidas com uma declaração voluntária de lealdade a Deus. Ao aceitar que a auto-revelação de Deus foi genuína e em reconhecimento de sua soberania, Jacó estava disposto a dar o d íz im o (22) para Deus.2 Em 28.10-22, descobrimos o “Encontro Inesperado com Deus”. 1) O pano de fundo da
história, 27.1—28.9; 2) Uma revelação inesperada, 10,11; 3) Descobrindo a ligação entre a terra e o céu, 12-15; 4) Resposta certa à revelação de Deus, 16-22 (A. F. Harper).
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