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B . Amor F rustrado não M orre, 2 9 .1 -3 0 Pouca coisa é relatada acerca do restante da viagem de Canaã, exceto que Jacó fo is e à t e r r a d o s fi lh o s d o O r ie n t e (1). E provável que esta terra designava principalmente a região ao redor de Damasco, mas também pode ter incluído Harã (ver Mapa 1). Jacó apareceu na sossegada comunidade de Harã com ímpeto e vigor. Ele sabia por
que tinha ido até lá, e a primeira moça que encontrou era exatamente quem queria. Ela mostra boa vontade, mas o pai dela não. Os procedimentos de Labão com Jacó foram extremamente desconcertantes, sobretudo no dia do casamento de Jacó.
1. Os Rebanhos no Campo (29.1-8) O fato de Jacó ter encontrado pastores que conheciam seus parentes deve ser considerado cumprimento da promessa de Deus estar com ele. Sendo pastor, Jacó notou coisas diferentes nos métodos de apascentar rebanhos. Era meio-dia e já havia t r ê s r e b a n h o s d e o v e lh a s reunidos perto de u m p o ç o n o c am p o (2) — provavelmente uma cisterna —, mas ninguém lhes dava água. Havia u m a g r a n d e p e d r a tapando o p o ç o . A explicação pela demora em dar água às ovelhas é apresentada nos versículos 3 e 8, mas Jacó não sabia disso até que indagou sobre a identidade dos pastores e se conheciam Labão. Os pastores não eram preguiçosos. Estavam esperando a filha de Labão chegar com
seu rebanho, para que todos ajudassem na remoção da pedra e depois tapassem o poço novamente. Como na história do capítulo 24, esta narrativa assinala a segurança pessoal das mulheres na sociedade de Harã, mesmo em campo aberto.
2. O Rapaz Encontra a Moça (29.9-14) A visão da prima R a q u e l (10) mudou J a c ó em um modelo de força. A grande pedra,
que exigia o poder combinado de um grupo de pastores, foi prontamente retirada pelos arrancos vigorosos do estranho de Canaã. Cântaro após cântaro de água foi tirado do poço para as ovelhas da moça. R a q u e l (11) deve ter ficado agradavelmente surpresa quando foi beijada pelo emocionado J a c ó , o qual se identificou como seu primo. O termo irm ã o (12) tem aqui o sentido de parente; na verdade, Jacó era sobrinho de Labão. Como Rebeca (24.28), Raquel correu para casa com a notícia da chegada do estranho. A reação da casa foi imediata e hospitaleira. Labão, à maneira autenticamente oriental, a b r a ç o u e b e i j o u o parente. Na hora da refeição com a família, Jacó os emoci-
onou com a história de sua viagem. Durante um mês, não houve indicação de que Labão não tivesse pensamentos de puro afeto por Jacó. Um fato se salienta claramente: Achegada de Jacó não teve as expressões de profunda devoção religiosa evidenciadas no servo de Abraão ao chegar à mesma casa anos antes (24.32-49).
3. O Duplo Casamento (29.15-30) Durante a vigência daquele mês, é evidente que Jacó (15) trabalhou com os rebanhos de Labão. Esta situação fez com que Labão sugerisse o ajuste de um acordo salarial. Sem dúvida, ele notou o interesse de Jacó por Raquel (16) e viu a oportunidade de aproveitar-se de seu sobrinho. Esta filha não era a mais velha, fato que deu ao pai importante vantagem legal. Léia significa “vaca selvagem”. Ela possuía olhos tenros (17), o que não quer dizer necessariamente que fosse um defeito visual. Bem pode ser que os olhos fossem atraentes, característica física a seu favor. Por outro lado, Raquel (que significa “ovelha”) era bonita e Jacó a amava (18). Jacó também esteve pensando no assunto e fez uma proposta imediata. Ele trabalharia sete anos por Raquel. Não era do seu conhecimento as complicações por trás da oferta, mas Labão as conhecia e esperou o momento propício.3 Chegou a data marcada para o casamento e Jacó estava ansioso para ter sua amada
só para si. Labão preparou o habitual banquete (22) nupcial. Porém, naquela noite, ele não apresentou Raquel, mas Léia (23), para ser esposa de Jacó. O véu nupcial e a escuridão esconderam esta mudança aos olhos do noivo. Pela manhã (25), a surpresa e o desapontamento de Jacó não tiveram limites. Com
fúria, ele repreendeu Labão pelo logro, mas Labão permaneceu impassível. Era ilegal dar a filha mais nova em casamento, enquanto a filha mais velha ainda fosse solteira (26), mas havia uma solução. Se Jacó trabalhasse por outros sete anos (27), Labão lhe daria Raquel assim que terminasse a semana de festividades nupciais de Léia. Para Labão, a transação era bom negócio. Ele conseguiu casar a filha primogênita
sem atrativos e obteve a promessa de mais sete anos de mão-de-obra especializada de Jacó. Nem se esforçou em justificar o fato de não ter informado Jacó sobre as leis matrimoniais daquele país, quando Raquel foi pedida em casamento pela primeira vez. Segundo o costume local, ele deu para cada filha uma criada pessoal.





 

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