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 H. O Concerto Renovado em Betel, 35.1-15 No incidente anterior, Jacó estava basicamente em segundo plano, mas foi bastante

ferido por tudo que aconteceu. Nesta história, ele desempenha papel predominante outra vez, conduzindo a família em experiências significativas que culminaram em Betel, onde teve seu primeiro encontro com Deus.

1. Uma Ordem Divina (35.1) Deus encontrou Jacó (1) na intensidade do vívido sofrimento espiritual produzido

pelo crime contra Diná e pelos crimes cometidos por seus filhos contra Siquém. A palavra foi clara e simples. Jacó deveria subir a Betel e adorar o Deus cuja única expressão exterior seria um altar. A visita a Betel seria importante, porque foi lá que Deus apareceu a Jacó pela primeira vez.

2. A Rejeição da Idolatria (35.2-5) Exceto pela breve referência a imagens que Raquel roubou do pai (31.19,30-35), esta

é a primeira descrição de posse de ídolos na família patriarcal. Jacó deve ter tomado conhecimento da existência dessas imagens, mas até então não havia realizado nenhuma ação drástica. Neste contexto, a ordem: Purificai-vos (2), significa livrar-se dos ídolos e das práticas associadas a eles. A outra ordem: Mudai as vossas vestes, parece ter tido significado simbólico, denotando mudança de lealdade e prática religiosa. Em lugar da adoração aos deuses da natureza e suas superstições, Jacó prometeu tempos de adoração ao verdadeiro Deus (3), que respondeu suas orações e tornou real sua presença ao longo de muitos anos. Deus era distinto da natureza, mas sempre poderoso em sua relação pessoal com quem se entregava a Ele. O poder de sua presença era sentido por todos na família, conforme é indicado pela pronta obediência. As arrecadas (4), ou seja, brincos em forma de argola (cf. ARA) também eram expressão da crença pagã, um tipo de talismã de boa sorte. Moffatt os chama “seus amuletos de pingentes”. O clã estava em perigo mortal, mas Deus cuidou da situação, pois em vez de violência contra a família de Jacó, terror (5) seria sentido pelos habitantes da região.

3. A Segunda Aparição de Deus em Betei (35.6-15) Deve ter sido ocasião solene para Jacó quando ele voltou a Betei (6) e construiu o

altar (7) preparatório de adoração. Recordações vívidas do acontecimento verificado tantos anos antes devem ter-lhe lampejado pela mente. Uma nota de tristeza foi acrescentada às outras emoções, quando a ama de Rebeca morreu e foi sepultada (8). A Bíblia não registra a morte de Rebeca ou quando a ama se uniu ao círculo familiar de Jacó, mas é evidente que ela estava com eles tempo suficiente para ganhar o afeto da família. Chamaram o local do sepultamento Alom-Bacute, que quer dizer “carvalho do choro”. O primeiro elemento da aparição de Deus a Jacó foi uma bênção que incluía a reiteração do novo fato da vida de Jacó: a mudança do seu nome para Israel (10). Visto que estava relacionado com duas visitações divinas importantes, este fato ganharia mais significado para o patriarca e seus descendentes. O outro elemento foi a repetição do primeiro concerto feito com Abraão. Depois de

Deus ter-se identificado, Ele deu uma ordem (11) muito semelhante a que deu a Adão e Eva (1.28). Esta ordem estava relacionada com as promessas há muito feitas a Abraão (17.5,6), que sua posteridade seria uma nação e multidão de nações e reis (11). Deus repetiu a promessa de que a terra (12) seria de Israel e de seus filhos como presente. A teofania (aparição divina) era ato confirmador do compromisso de Deus com as promessas passadas e a validação das realidades espirituais vigentes. A resposta de Jacó foi muito semelhante ao seu primeiro encontro com Deus no

mesmo lugar. Ele pôs uma coluna de pedra (14) e derramou sobre ela azeite. Este era testemunho público de que o Deus de Jacó era verdadeiramente o Deus que se revela ao homem. A proclamação do novo nome do lugar, Betei (15, casa de Deus) foi igualmente um testemunho da fé de Jacó.


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