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I

 


I. Viagem Toldada pela Tristeza , 35.16-29 A presença de Deus não eliminou a tristeza ou a dor da vida de Jacó, mas o preparou

e o sustentou durante os tempos de aflição. Agora sua disposição era de bondade e compaixão, revelando extraordinária capacidade de suportar sofrimento.

1. A Perda da Amada Raquel (35.16-20) A esposa favorita de Jacó, Raquel (16), teve um segundo filho, mas custou-lhe a

vida. Em seu último fôlego de vida, Raquel chamou a criança Benoni (18, “filho da minha tristeza”), mas Jacó rompeu o precedente e rejeitou a escolha de Raquel. Chamou o menino Benjamim, que, literalmente, significa “filho da mão direita”. Considerando que, para o povo semítico, a mão direita era lugar de honra e força, há comentaristas que supõem que este novo nome significava “o Filho da Boa Fortuna”.8 Em vista das circunstâncias, outra explicação parece mais provável. Quando um habitante da Palestina designava direções, ele costumeiramente ficava em pé olhando para o leste; por conseguinte, a mão direita ficava no sul. O segundo filho de Raquel foi o único filho na família de Jacó que nasceu ao sul de Harã; portanto, é possível que o nome signifique “o filho do sul ou filho sulista”.9 Há muito que a tradição afirma que o acompanhamento de Jacó estava situado em

um cume de morro distante cerca de três quilômetros ao sul da atual Jerusalém. O lugar ainda leva o nome de Ramat Rahel, ou seja, “Cume do Morro de Raquel”. Atualmente há um edifício pequeno ao lado da estrada para Belém (19), poucos quilômetros ao sul de Ramat Rahel, que é conhecido por “Túmulo de Raquel”. Desconhecemos o fato de este ser o verdadeiro local da coluna (20) que Jacó erigiu em honra de Raquel.

2. A Concupiscência Venceu Rúben (35.21,22a) Migdal-Eder (21), que significa “Torre de Eder”, só entrou na história como lugar

onde foi cometido um pecado vulgar. Caso contrário, o local seria desconhecido. O incidente ali ocorrido aumentou a tristeza de Jacó. Seu filho primogênito, Rúben (22), violou os padrões da moral vigente cometendo incesto com Bila, uma das esposas secundárias de Jacó. O ato não só era flagrante pecado contra a santidade do casamento; era também desdenhoso desafio da autoridade tribal do seu pai. Jacó não puniu Rúben imediatamente, mas não esqueceu (ver 49.3,4). No que dizia respeito a Jacó, o ato descartou Rúben como líder do concerto.

3. Lista dos Filhos de Jacó (35.22b-26) Os filhos de Jacó (22) estão alistados de acordo com suas respectivas mães e não

pela idade. Os filhos das esposas, Léia (23) e Raquel (24), são colocados antes dos filhos das servas, Bila (25) e Zilpa (26). Este resumo é uma ponte que prenuncia as histórias que descrevem a sina dos filhos. A frase que lhe nasceram em Padã-Arã (26) é modificada pela história do nascimento de Benjamim (35.16-18). Não se julgou necessário repetir o que era óbvio.

4. A Morte de Isaque (35.27-29) Finalmente, Jacó voltou ao seu idoso pai, a quem muitos anos antes havia enganado. A antiga doença de Isaque (27.1,2) não foi fatal. Fazia tempo que Rebeca tinha morrido. As velhas feridas tinham sido curadas e a volta ao lar foi em paz. Assim também a morte de Isaque ocorreu em paz, pois os dois irmãos, Esaú e Jacó (29), uniram-se para sepultar o pai na cova de Macpela. Esta série de três experiências (19-29) indicava verdadeiro problema para Jacó. Não

havia mais filhos, e os membros mais velhos dos doze mostravam sinais infelizes de maldade moral. A geração passada não mais vivia e agora Jacó era o único portador vivo das responsabilidades do concerto. O concerto ia morrer com ele? Se não, quem era digno de ocupar seu lugar?


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