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Mostrando postagens de dezembro, 2020

A

  Seção VIII Quarto D iscurso: A COMUNIDADE CRISTÃ Mateus 18.1-35 A. O C ristão e As Crianças, 18.1-14 1. O Maior no Reino (18.1-4) A importância dessa breve seção sobre a humildade pode ser entendida pelo fato de ser encontrada nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mc 9.33-37; Lc 9.46-48). Ela também foi repetida em várias passagens desses livros (veja Mt 20.26-27; 23.11; Mc 10.15,43-44; Lc 18.17; 22.26). Podemos construir um sólido argumento em defesa da proposição de que Jesus enfatiza mais a humildade do que qualquer outra virtude cristã. Um dedicado estudante dos Evangelhos se sentirá cada vez mais impressionado com esse fato. Marcos nos dá o cenário dessa seção. Os discípulos haviam discutido durante todo o trajeto para Cafarnaum sobre quem seria o maior (Mc 9.33). Em Mateus, os discípulos se aproximam de Jesus e fazem a pergunta: Quem é o maior no Reino dos céus? Eles perguntaram isso na mesma hora (1) - literalmente, “naquela hora”. Isso sugere que os acontecimentos imediatame...

E

  E . Os Far iseus C ego s e O s D isc ípu los Que Enxergavam, 16.1—17.27 1. A Exigência de Um Sinal (16.1-4) Os fariseus - que eram os mestres das sinagogas - e os saduceus - que eram os sacerdotes no templo - vieram a Jesus para o tentar (“experimentar” ou “testar”; v. 1). Geralmente, esses dois grupos eram antagônicos, tanto do ponto de vista teológico como político. Os saduceus eram partidários dos governantes romanos, enquanto os fariseus se ressentiam da sua presença. Mas os dois partidos trabalhavam juntos no Sinédrio de Jerusalém, e agora estavam unidos por uma hostilidade comum em sua oposição a Jesus. Esses líderes judeus pediram-lhe que lhes mostrasse algum sinal do céu (1). Não tinham ficado satisfeitos com os sinais que até então o Senhor Jesus havia mostrado constantemente em seu ministério de curas. Eles rejeitavam essas curas como provas de que Ele era o Messias. Antes, exigiram que Ele apresentasse um sinal espetacular do céu, alguma coisa do outro mundo, como prov...

D

  D. M a is M i la g r e s , 15.21-39 1. A Cura da Filha da Mulher Cananéia (15.21-28) Depois de sua conversa com os fariseus, Jesus viajou em direção ao norte, para a costa - “região ou “distrito” - de Tiro e Sidom (21). Essas duas cidades estavam localizadas na Fenícia (atualmente, o Líbano) que era um território gentílico (veja o mapa). Jesus desejava ficar sozinho com os seus discípulos para instruí-los. Ao chegar, Ele foi procurado por uma mulher cananéia (22). Em Josué 5.12 a “terra de Canaã” (do Hebraico) aparece na versão da Septuaginta em grego como o “país dos fenícios”. Essa mulher era estrangeira e pagã. No entanto, ela veio a Cristo. Marcos, que é o único outro autor que registrou esse episódio (Mc 7.24-30), diz que ela era “grega, siro-fenícia de nação”. Portanto, as duas descrições estão essencialmente de acordo.  Ela vinha daquelas cercanias. Essa é uma palavra grega totalmente diferente daquela que foi traduzida como costa, em algumas versões, no versículo 21....

C

  C . Contaminação Cerim on ial v e r su s Contaminação M o r a l , 1 5 .1 -2 0 Sobre esta seção, Carr escreve: “Estes vinte versículos resumem a grande questão do Novo Testamento, que existe entre a religião da letra com suas observâncias exteriores, e a religião do coração, entre aquilo que Paulo chama de ‘a justiça que é segundo a lei e a justiça que vem de Deus pela (ou alicerçada na) fé’, Filipenses 3.9”.15 1. A Impureza Cerimonial (15.1-9) Mais uma vez Jesus entrou em conflito com os fariseus. Dessa vez eles tinham o apoio dos escribas, ou doutores da Lei, de Jerusalém (1), que ficava a uma distância de cerca de cento e sessenta quilômetros (veja o mapa). E bem possível que eles fizessem parte de uma representação oficial do Sinédrio, enviada para questionar Jesus (cf. João 1.19). Esses escribas queriam saber por que os seus discípulos haviam desobedecido à tradição dos anciãos (2). A importância dessa expressão é explicada por M’Neile: “Os ‘anciãos’ eram os grandes mestres d...

B

  B . M i la g r e s P o s te r io re s , 1 4 .1 3 -3 6 1. Mais de Cinco Mil Foram Alimentados (14.13-21) A alimentação de mais de cinco mil pessoas tem a característica de ser o único milagre de Jesus que foi registrado nos quatro Evangelhos. Ele também é encontrado em Marcos 6.30-44; Lucas 9.10-17 e João 6.1-14. Quando Jesus, provavelmente nas vizinhanças de Cafarnaum, ouviu sobre o assassinato de João Batista, ele atravessou o lago da Galiléia, em um barco, chegando até a sua margem oriental. Era um lugar tranqüilo, um lugar deserto (13), isto é, uma área desabitada. Tanto Ele como os seus discípulos precisavam de descanso, e de uma mudança. Mas quando as multidões souberam para onde Ele tinha ido, o seguiram à pé, ou “por terra”, dando a volta na extremidade norte do lago. E possível medir a velocidade de um barco da época: talvez as pessoas tenham conseguido fazer um percurso de 13 quilômetros, enquanto os discípulos, remando, percorreram cerca de 10 quilômetros. Quando Jesus ...

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  Seção VII Narrativa Retomada: VIAGENS DE JESUS Mateus 13.53—17.27 A. R e je ição de Jesus e de João , 13.53—14.12 1. Rejeição em Nazaré (13.53-38) O versículo 53 contém a fórmula habitual que encerra cada um dos cinco discursos de Jesus. Essa é a terceira vez que isso ocorre (cf. 7.28; 11.1). Depois de ter contado as sete parábolas do Reino, Jesus se retirou dali (53) - provavelmente de Cafarnaum - e retornou à sua pátria (54), isto é, Nazaré (veja o mapa). Lá Ele ensinava-os - “estava ensinando” (tempo imperfeito) - na sinagoga deles. Essa é, provavelmente, a mesma sinagoga onde Ele havia adorado desde os doze até os trinta anos de idade. A atitude de seus conterrâneos foi a que geralmente seria de se esperar, tratando-se de um jovem daquele lugar: Donde veio a este a sabedoria e estas maravilhas? Não parece estranho o fato de sermos capazes de rejeitar facilmente uma reconhecida sabedoria e até obras notáveis quando elas aparecem em lugares inesperados? O povo ainda o considera...

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  C. A Seqüência , 13.51-52 Tendo concluído o seu discurso das sete parábolas do Reino, o Mestre perguntou aos seus discípulos se eles haviam entendido tudo o que Ele disse. Eles responderam, Sim, Senhor (51). Então Ele comparou o escriba que é instruído - ou que se “tornou um discípulo” - nas verdades do Reino, a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas (52). Isto poderia significar as novas verdades do cristianismo acrescidas dos ensinos do Antigo Testamento.

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  B. As S e te P arábo las , 13.3-50 1. O Semeador (13.3-23) Sentado no barco, Jesus falou ao povo muitas coisas por parábolas (3). Esta palavra vem do grego parabole, que significa algo “lançado de lado”. O termo é usado somente nos Evangelhos Sinóticos (Mateus, 17 vezes; Marcos, 13 vezes; Lucas, 18 vezes) e duas vezes em Hebreus (9.9; 11.19), onde é traduzida como “alegoria” ou “figura”. Arndt e Gingrich afirmam exatamente o que ela significa: “Uma parábola é um curto discurso que faz uma comparação; ela expressa um único pensamento completo”.1 O que vem a seguir é uma definição interessante: “Sendo o mais simples, a parábola é uma metáfora ou símile tirada da natureza ou da vida comum, atraindo o ouvinte por sua vivacidade ou estranheza, e deixando a mente com dúvida suficiente sobre a sua exata aplicação, a ponto de provocá-la a ter um pensamento ativo”.2 Uma vez que os orientais são naturalmente dados ao uso de linguagem alegórica, não é de se surpreender que várias parábolas ...