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Mostrando postagens de novembro, 2020

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 B. Jesus e As Cidades, 11.20-24 O Mestre começou a lançar em rosto - “repreender” ou “censurar” - as cidades onde Ele tinha realizado a maioria dos seus prodígios (“poder”, ou “obras poderosas”), porque elas não tinham se arrependido (20). Cox diz: “E digno de nota que o arrependimento é considerado como a reação humana apropriada aos milagres de Jesus”.11 Especialmente citadas para a condenação foram Corazim e Betsaida (21). Essas duas cidades já desapareceram há muito tempo, como cumprimento do julgamento aqui proferido. Na realidade, a localização exata de Corazim é desconhecida. Betsaida estava à margem leste do rio Jordão, perto do lugar onde ele desemboca no Lago da Galiléia. Jesus declarou que Tiro e Sidom (cidades da Fenícia) há muito tempo teriam se arrependido com pano de saco e com cinza (sinais de profundo pesar) se tivessem presenciado os prodígios (“poder”, ou “obras poderosas”) realizados nas cidades dos judeus. Portanto, haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no Dia...

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  N arrativa Retomada: A REJEIÇÃO DO MESSIAS Mateus 11.1—12.50 A . Jesus e João B a t is ta , 1 1 .1 -1 9 1. A Resposta de Jesus a João (11.1-6) O primeiro versículo deste capítulo é composto por uma afirmação de transição entre o segundo discurso e a retomada da narrativa. Pela segunda vez (cf. 7.28) aparece a expressão conclusiva: E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções (1; exatamente a mesma expressão no texto grego, como em 7.28). Então se afirma que Jesus partiu - aparentemente sozinho - em uma missão de ensino e pregação. No próximo capítulo encontraremos os discípulos uma vez mais com Ele (cf. 12.1). Somente Mateus e Lucas (7.18-35) relatam o episódio em que João enviou dois dos seus discípulos a Jesus. O profeta estava definhando na prisão, evidentemente tentado a desencorajar-se e a decepcionar-se. Ele tinha apresentado Jesus à nação dos judeus como o seu Messias. Ele tinha humildemente declarado: “E necessário que ele cresça e que eu diminua” (Jo 3.30). João tin...

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 B. A M issão dos D oze , 10.1-42 1. A Nomeação (10.1-4) Jesus escolheu doze discípulos (1) para que empreendessem uma viagem missionária pelas doze tribos de Israel. As fronteiras dessas tribos já não estavam intactas, mas havia representantes de todas estas tribos no meio do povo que ficou na terra, assim como no meio daqueles que retornaram do cativeiro. A missão dos doze era estritamente voltada às “ovelhas perdidas da casa de Israel” (6). Aos seus mensageiros, Jesus deu “autoridade” - a palavra grega é exousia - sobre os espíritos imundos. Uma importante parte do ministério dos discípulos, como do próprio Senhor, consistia em expulsar demônios, e curar os enfermos. A expressão espíritos imundos aparece duas vezes em Mateus, dez vezes em Marcos, e cinco em Lucas (além de “espírito de um demônio imundo”, 4.33), duas vezes no livro de Atos e uma vez no Apocalipse (16.13). Ela parece ser uma designação particularmente apropriada para “demônios”. Essa última palavra, daimonia, é en...

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  Segundo Discurso: AS INSTRUÇÕES PARA OS DOZE Mateus 9.35—10.42 A . A N ecessidade de Obre iros , 9 .3 5 -3 8 A afirmação resumida sobre o ministério de Jesus na Galiléia no versículo 35 é muito similar à do texto em 4.23. Nos dois versículos se chama a atenção para o ensino, a pregação e a cura. A palavra grega para enfermidades significa “moléstia”, e denota “doença”.1 Assim, a tradução correta é “todas as enfermidades e moléstias”. A expressão Teve grande compaixão (36) é uma única palavra em grego, esplangchnisthe. Este verbo ocorre cinco vezes em Mateus, quatro em Marcos e três em Lucas. Ele vem de splangchnon, que significa “as partes interiores”. Ele só é usado literalmente uma vez no Novo Testamento (At 1.18), e dez vezes metaforicamente, significando “o coração, os sentimentos”.2 Aqui a idéia é a de que o coração de Jesus estava movido pela compaixão - o que literalmente significa “sofrendo com”. Como o verbo está no aoristo passivo, é melhor traduzi-lo como “ele estava t...

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  E . O T e rc e iro C on jun to de M i la g r e s , 9 .1 8 -3 4 1. Um Milagre Duplo (9.18-26) Nos três Evangelhos Sinóticos15 a cura da mulher que tinha uma hemorragia é colocada no contexto da ressurreição da filha de Jairo. Assim, esses dois episódios serão tratados em conjunto. Jesus foi abordado por um chefe da sinagoga,16 Jairo, - o nome é dado em Marcos 5.22 - com o pedido de que Ele viesse e colocasse a mão na cabeça de sua filha. Mateus relata que Jairo disse: Minha filha faleceu agora mesmo (18) ao passo que Marcos apresenta: “Minha filha está moribunda” (Mc 5.23) - literalmente, “no seu último suspiro”. Marcos e Lucas falam de alguém que conta, quando estavam a caminho da casa, que a filha tinha morrido. Mas ela estava morta quando Jesus começou a caminhar com Jairo? Uma vez mais, para uma explicação nos valemos do costume de Mateus de resumir a narrativa. Marcos e Lucas dão os detalhes corretos que preenchem o magro relato de Mateus. Enquanto Jesus estava acompanhando J...

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  D. M iser icórd ia , Não S acr ifíc io , 9.9-17 1. A convocação de Mateus (9.9) Quando Jesus estava saindo de Cafarnaum, Ele viu um homem chamado Mateus “Levi” em Marcos 2.14 e Lucas 5.27 - sentado na alfândega. Isso pode sugerir uma alfândega perto do cais da cidade, onde os peixes eram examinados e os impostos sobre eles eram coletados. Outra possível tradução é o lugar onde os impostos eram pagos (ASY), e poderia se tratar de uma praça de pedágio na grande estrada entre Damasco e o Egito, onde as caravanas eram obrigadas a pagar o pedágio sobre os bens que levavam. Provavelmente a melhor tradução será “coletoria”. Os romanos exigiam que os judeus pagassem impostos por cada árvore frutífera, cada poço, cada pedaço de terra e cada animal que eles possuíssem. Essa taxação parecia opressiva e o fato de ser imposta por estrangeiros era particularmente ofensivo. Para esse coletor de impostos Jesus disse apenas: Segue-me. Mateus imediatamente, levantando-se, o seguiu. Este foi um gra...

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  C . M a is T r ê s M i la g r e s , 8 .2 3— 9 .8 1. Acalmando a Tempestade (8.23-27) Depois do atraso causado pela conversa com os dois homens (cf. v. 18), Jesus entrou em um barco com os seus discípulos (23). Este era provavelmente o pequeno barco de pesca de Pedro. Quando eles estavam cruzando o lago, se levantou (24) uma tempestade (seismos, “terremoto”). Enquanto o barco era coberto pelas ondas, Jesus estava dormindo (tempo imperfeito). Ele estava tão cansado que a tempestade não o despertou (veja também Mc 4.35-41; Lc 8.22-25). Muito assustados, os discípulos o despertaram com o grito: Senhor, salva-nos, que perecemos (25). Ele primeiro os repreendeu por temerem (26; de forma literal, “covardemente”) e então repreendeu os ventos e o mar. O resultado foi uma grande bonança. Não é de surpreender que aqueles homens tenham se maravilhado (27). Em seus anos de pescaria no lago eles já tinham passado por muitas tempestades graves, mas nunca por uma que tivesse sido subitamente aca...

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  B . O Custo do D iscipulado, 8 .1 8 -2 2 Jesus era um trabalhador vigoroso. Mas apesar disso percebeu que Ele e os seus discípulos precisavam às vezes afastar-se da grande multidão (18) que constantemente se aglomerava em volta dele. Então, Ele ordenou que fizessem a travessia para a outra margem - a margem leste do lago da Galiléia, onde poderiam ter um período tranqüilo para descanso e isolamento. Um escriba (19) ansioso - um professor da Lei - aproximou-se de Jesus com uma oferta que soou como uma completa consagração: Mestre, aonde quer que fores, eu te seguirei. Mas Cristo pôs à prova este possível discípulo, lembrando-o de que as raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça (20). Em outras palavras, Ele disse: “Pense no custo dessa decisão”. Esta é a primeira vez, no texto de Mateus, que aparece o título Filho do Homem. Ele é usado oitenta e três vezes nos Evangelhos - sempre saindo dos lábios de Jesus e sempre se aplic...

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  UM MINISTÉRIO DE MILAGRES Mateus 8.1—9.34 Uma das principais características deste Evangelho é o seu arranjo sistemático (veja Introdução). Depois de três capítulos de ensinos, agora encontramos dois capítulos de poderosos milagres. As palavras de Jesus são seguidas pelas suas obras. Da mesma maneira que Moisés, depois de dar aos israelitas a Lei no monte Sinai começou a realizar milagres para o povo, assim também o novo Moisés, depois de dar no monte os mandamentos básicos do Reino, realizou milagres para dar provas do poder do Reino. A respeito dele, ainda mais verdadeiramente do que a respeito do primeiro Moisés, poderia ser dito que “era poderoso em suas palavras e obras” (At 7.22). Pode-se definir “milagre”, de uma maneira muito resumida e simples, como “uma interferência na Natureza por um poder sobrenatural”.10 homem moderno questionou a credibilidade dos milagres. Mas C. S. Lewis coloca toda a questão sob o enfoque adequado ao escrever que: “O milagre central afirmado pel...

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  E. A V ida dos D iscípulos, 7.1-29 1. Advertências e Exortações (7.1-23) a) Censura (7.1-5). Um espírito crítico é uma negação da verdadeira religião. Este era um dos piores defeitos dos fariseus. Assim, Jesus advertiu os seus seguidores: Não julgueis, para que não sejais julgados (1). Usando o termo no sentido popular, poderíamos parafrasear assim: “Não seja crítico, ou você será criticado”. Uma tradução livre ainda melhor seria: “Não condene os outros, ou você mesmo será condenado”. Como Buttrick diz: “A censura crítica é um bumerangue”.63 O problema de julgar os outros é que nos colocamos acima daqueles que julgamos. Bowman e Tapp traduzem assim este versículo: “Não se ‘sente no tribunal’ a não ser que você tenha vindo para ser julgado!”.54 Oswald Chambers adverte os seus leitores: “Cuidado com qualquer coisa que o coloque no lugar de uma pessoa superior”.55 Deve ser notado que vários comentaristas interpretam a segunda oração do primeiro versículo como se referindo ao dia do ...

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  D . A Religião dos D iscípulos, 6 .1 -3 4 1. Três Práticas Religiosas (6.1-18) (.Introdução, v. 1). Na versão King James em inglês, este versículo parece fazer parte da discussão sobre dar esmolas, que vem a seguir (2-4). Mas os mais antigos manuscritos gregos apresentam o termo “justiça” em vez de esmolas. Isto faria do primeiro versículo uma introdução mais ampla para as três discussões seguintes sobre dar esmolas (2-4), oração (5-15) e jejum (16-18). No entanto, deve ser observado que Kraeling inclui o primeiro versículo com o parágrafo da doação de esmolas, embora aceite a leitura dos manuscritos mais antigos. Ele diz: “A doação caridosa era tão importante neste período que a palavra hebraica para ‘justiça’ adquiriu o significado de ‘dar esmolas’ ”?2 Este talvez seja o motivo pelo qual a prática de dar esmolas seja discutida primeiramente aqui. Hoje em dia a oração provavelmente receberia o primeiro lugar, e dar esmolas o último. John Wesley, que era um cuidadoso estudante do...